O cedro atravessa o espaço.
Suas raízes ouvem as crianças
e os que amam.
g.w.
Estava com minha sobrinha e Annabelle no play ground da praça , quando uma criança vinda de uma conto de fadas apareceu. O menino tinha +\- um ano e meio. Os brinquedos estavam vibrando de energia "passarinha". Sentados no chão observávamos a pequenina Annabelle. Quando de repente o encantador ser aconchegou-se na lateral das minhas pernas como se ali pertencesse. Paralisados pelos olhos azuis, silencio profundo, cachos dourados e jaqueta (a moda antiga) de feltro cinza ; sentimos a conexão do que não se explica. Com seus sapatinhos vermelhos, levantou-se e retornou aos brinquedos. Passados alguns minutos volta olhando nossa pequenina e depois em meus olhos como se dissesse algo que o espaço entre continentes não havia ainda sido medido. Sentou-se de novo apoiando-e em minhas pernas. Experiências como esta nos deixam existir melhor.
Está frio com céu azul ,
o coração flutua aos sons de pássaros e a primeira infância.
Portugal é retornar ao romance do que fomos e
ao agora dos olhares passageiros modernos.
Coração abrindo para o aqui e agora.
Pertencemos ao mundo e ele nos pertence.
Viva as andorinhas, abelhas e as crianças.